quarta-feira, 1 de agosto de 2007


Quanto pode caber de mistério um

cantinho de olho que contempla

o horizonte num olhar sem rumo,

ao léu que busca no céu a

explicaçãopara o tudo que não

se vive que quer viver,mas não se vive,

pela escolha incerta...

Quanto pode caber de sorriso,

num cantinho de lábios,

que pela angústia do momento

faz-se febril,fazendo-se espera

do beijo apaixonado,translúcido,

inteiro!

Que quer fazer eterno,

um único momento de amor!

Quanto pode caber de paixão,

um cantinho de coração,

que repleto do desejo insano,

faz-se querência do ter mais!

Que ilude a esperança numa fantasia

lúdica,suave melodia que quer

sofrer pelo amor do segundo,

na metamorfose do tempo!

Quanto pode sofrer a

alma ddo artista que espera

a musa,que repleto de sonhos e de ilusões

parte em sua conquista;

que incansávelfaz dos seus versos

trombetasque anunciam que

quer ser feliz eternamente,

mesmo que seja num só instante.

Quanto pode morrer e

renascer este amor louco, insano!

Que renuncia a tudoe a todos e se

contorce dentro do templo,

que como um plasma percorre

todos os cantos do corpo,

que acomoda-se no nada

e manifesta-se no tudo,

no poema!

Quanto pode ainda esperar a lua,

que eternamente faz-se presente,

testemunhando o ardor

dos olhos do artista que a

encarou na noitepara poder ver

à distância sua musa.

Que fez-se consolo

e permitiu-se amar

como um totem idílico!

By Lucas

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